Agora a sério. Eu não me posso queixar muito do meu salário pelos menos em valores absolutos. (Em relação ao tipo de trabalho e tempo que trabalho até acho que devia ganhar mais.)
Mas dizia eu, se eu ganho mais que a média das pessoas e só vejo pessoas a gastar mais do que aquilo que eu gasto, pergunto-me, de onde vem tanto dinheiro?
Ou gastam tudo o que ganham ou gastam mais do que ganham e andam por aí endividadas até aos ossos.
Fico-me pela segunda opção. E é triste.
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ResponderEliminarÀs vezes também penso o mesmo, mas a conclusão a que chego é que o salário que uma pessoa recebe nem sempre é um indicador daquilo que ela pode gastar. Existem, por exemplo, várias ajudas externas ao seu salario que muita gente recebe e que as ajuda a ter uma vida mais "desafogada". Conheço tanta gente que, já a trabalhar, os papás e os avós é que lhes oferecem os carros, ajudam a pagar algumas contas da casa (ás vezes, até mesmo a renda pagam) ou pagam as propinas das suas pós-graduaçoes/mestrados, e sei lá que mais. Só aí são centenas de euros que a malta vai poupando por mês, porque ainda tem "quem ganhe para eles". E quantas pessoas não recebem heranças que, mesmo não muito grandes, dão um jeitão?
ResponderEliminarOutro facto que também entra neste baralho, também diz respeito às prendas de Natal (não só de Natal, mas tendo em conta a época em que estamos, venho a pensar nisto também). Conheço muita boa gente que recebe roupas no Natal, que recebe telemoveis, computadores, tablets, etc, e outros artigos que necessita no dia-a-dia. Conclusão: se os recebe de outras pessoas, já não precisa de os comprar pra si. Compra outras coisas. No meu caso, quando quero um telemovel, não tenho quem me ofereça - sai do meu bolso, e os meses seguintes são a contar os tostões.
Pode não ser muito justo, mas é mesmo assim. Para quem já faz toda a sua vida sozinho, sem ajudas "extra" obviamente é muito mais complicado.
É verdade que há esses casos todos, mas ainda assim, não corresponde à maioria das pessoas, a tal classe média que desde há uns anos para cá de média não tem nada...
ResponderEliminarNão concordo... Não acho que a classe média tenha deixado de existir, acho que simplesmente o conceito de classe média mudou radicalmente. Antigamente, classe baixa era quem tinha dificuldades para pagar as contas, e classe média era quem conseguia manter-se confortável, porém, podia mesmo assim não conseguir ter dinheiro para fazer férias, haver mais de 1 carro por família, mandar os filhos para o ensino superior, etc.
ResponderEliminarHoje em dia, a malta pensa que para se considerar "classe média" acha que pode renovar o guarda-roupa todas as estações, ter 1 carro por cada adulto da família, fazer no minimo dos minimos 1 semana de ferias no Algarve -> embora o ideal seja ir ao estrangeiro 1 vez/ano. Etc e tal. O que não é, de todo, verdade. Por isso é que se verificam os casos em que falas: a malta até tem dinheiro para viver uma vida modesta e confortavel, mas a ambição/luxuria/vaidade leva-os a exceder-se.
E tens razao, nem todos os casos correspondem ao que falei no comentario anterior, embora de facto ainda haja muito disso por aí.